O Brasil é líder mundial na produção de celulose de eucalipto. Somos realmente muito competentes neste segmento. Um dado objetivo é que nosso custo de produção está em torno de US$235 por tonelada e outros países importantes produzem acima disso, como EUA a US$420 e China a US$498.
E em termos de produção de celulose de eucalipto em m3/hectare/ano, batemos a China com 23 e os EUA com 15. O Brasil produz 39!
Mas quem está na frente quer continuar. Estamos no ano da Olimpíada no Brasil e notamos a gana dos EUA em manter a liderança nas suas medalhas de ouro. E novos recordes são batidos. É possível que algumas medalhas que nós, brasileiros, ganhamos farão também este papel de estimular o aparecimento de novos e competitivos atletas nestas modalidades vencedoras. É assim que funciona desde sempre.
Voltemos ao eucalipto. O Brasil está bem neste setor, mas quer mais. É natural. Mas há polêmica no ar, pois a intenção de crescer ainda mais passa pela adoção da transgenia. E como aconteceu em outras culturas, como a soja e o milho, o debate é intenso.
A CTNBIO – Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, está com este desafio pela frente. O debate entre os que são pró e os contra a introdução de uma árvore transgênica são intensos e extensos. Isto porque estamos falando do eucalipto, esta cultura tão importante para o Brasil.
Os especialistas pró têm muitos argumentos econômicos. Segundo eles o eucalipto GM (Geneticamente Modificado) apresenta uns 20% de aumento de produtividade quando comparado com variedades tradicionais ou convencionais. Mas o argumento econômico forte é que a produtividade da madeira pode aumentar muito, cerca de 30 a 40%. Isto abre uma janela de oportunidade para outros usos, como a bioenergia.
São vários parâmetros utilizados para fundamentar os benefícios desta tecnologia para o eucalipto. Como a redução de 7 para 5,5 anos do ciclo de produção (plantio a colheita) e o aumento da altura da árvore e do diâmetro do tronco.
A FAO alerta sobre as ameaças à produção agrícola
A mesma preocupação apresentada pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) com relação ao crescimento da população mundial até 2030 e a pressão para a produção de alimentos é apresentada aqui como argumento pelos que são a favor do eucalipto transgênico.
A FAO tem destacado o nível de degradação dos solos agrícolas no mundo, a poluição das águas – por adubos sólidos, como fósforo e nitrogênio – o efeito estufa, enfim, fatos incontestáveis que são limitadores para a produção de alimentos no volume necessário para alimentar essa imensidão de gente.
Esse aspecto é também utilizado pelos que são a favor do Eucalipto Transgênico. Pois se haverá um crescimento da população deste tamanho, aumentará a demanda por madeira de eucalipto. A estimativa é de um aumento de demanda de 60%.
Sem entrar na polêmica dos aspectos ambientais e ecológicos que sempre envolvem a introdução de OGM (Organismos Geneticamente Modificados), o conceito tem sentido, pois para atender as necessidades globais de forma sustentável, o homem precisará de soluções em tecnologia que sejam muito mais eficientes, ou seja, produzirmos mais e utilizarmos menos recursos.
Este é o raciocínio: ter um eucalipto produzindo mais madeira e usando muito menos recursos. Quem pode ser contra isso? Sabemos que os recursos naturais estão e estarão cada vez mais escassos. A FAO está aí mostrando em toda mídia, que 33% dos solos agrícolas do mundo estão degradados e nesta toada podemos acabar com os solos produtivos em 60 anos. Não há dúvida que algo tem que ser feito a respeito.
Mas…é como se diz: a verdade tem três lados, o meu lado, o seu lado e…o lado certo!
E o Greenpeace mantém sua coerência de pegar no pé dos transgênicos. E neste debate não basta opinião, tem que buscar muita fundamentação. E os argumentos contra a “árvore transgênica” dizem que as árvores não têm ciclo de vida curto, participam de cadeias alimentares naturais, dentro de ecossistemas complexos e qualquer intervenção do homem pode representar ameaça ambiental num prazo mais longo.
É uma visão de preservarmos ecossistemas com maior biodiversidade. E quem pode ficar contra isso? Pois temos informações de muitas espécies que estão desaparecendo e o impacto que isto tem nas cadeias alimentares. Não dá pra negar essa realidade.
Mas os argumentos contra continuam. Há dúvidas sobre os testes realizados para avaliar o impacto nas abelhas e na produção de mel. Esta preocupação se justifica, pois em torno de 25% do mel produzido no Brasil vem do eucalipto. E nosso país é o 5º. maior exportador mundial de produtos gerados pelo trabalho das abelhas (produtos apícolas), cerca de us$100 milhões de faturamento.
A ABEMEL – Associação Brasileira dos Exportadores de Mel, também demonstra preocupação, pois não acha possível concluir pelos estudos feitos com colmeias em árvores transgênicas, que o mel tem segurança para o consumo e para o consumidor.
Esta preocupação com o mel tem muito sentido. A Apex-Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos informa que este mercado é muito grande, sendo comercializados cerca de us$17 bilhões de produtos a partir das abelhas para os países europeus, asiáticos e norte-americanos.
Que lado está certo sobre o Eucalipto Transgênico?
Este é o embate atual sobre essa cultura tão importante para o Brasil, sobre vários aspectos, econômicos, sociais, ambientais.
Do lado dos pesquisadores e especialistas nesta tecnologia do GM para eucalipto, há afirmações de que os estudos atuais indicam que em matéria de biossegurança não há impactos, nem para o meio-ambiente, nem para outros vegetais.
Reafirmam também o valor do aumento da produtividade, pois o mesmo volume de madeira poderá ser produzido com uma área menor e isto também tem impacto na redução de transporte, pelo encurtamento das distâncias entre fábrica e campo. E com esses plantios renováveis diminuirá a pressão para extrair madeira de florestas nativas.
E completam com um argumento que pega bem no mundo todo, nestes tempos de Efeito Estufa: pela área atual poderemos ter um estoque de 1,4 bilhão de toneladas de CO2.
Os defensores da tecnologia GM – Genéticamente Modificada , olham para este movimento como um caminho necessário. Aconteceu com as culturas da soja, milho, algodão, canola. Há países com pesquisas adiantadas com árvores transgênicas. E outras culturas já estão sendo estudadas, como cana de açúcar, arroz, trigo, cítricos. Busca-se resistência a solos salinizados e tolerância a seca. E há uma visão para o futuro de termos plantas com maior teor nutricional e diversas substâncias importantes para a saúde humana.
É um novo mundo, mas entre os prós e os contras, há sempre uma conclusão: de buscarmos cada vez mais a eficiência, mas sem causar impactos ambientais!
Esse Blog tem trabalhado nesta linha, ao procurar fundamentar e divulgar os benefícios da Adubação Líquida no solo, que tem se mostrado uma adubação mais inteligente, ao atender as necessidades das plantas de forma mais eficiente e não provocar poluição das águas.
Vamos ver o caso do Eucalipto. Como plantar Eucalipto pra ter sucesso?
É comum a recomendação de se fazer tratamento para casos de ataque de cupins em mudas e ao mesmo tempo utilizar MAP (MonoFosfatoAmônio) para estimular o desenvolvimento das raízes. Nesta operação já há, não só o Cupinicida em formulação com Suspensão Aquosa, mas também o Fósforo Líquido que pode ser utilizado junto.
E nesta fase da produção das mudas de eucalipto, já há Adubo Líquido com Cálcio e Magnésio que promovem um melhor enraizamento. Este enraizador e os demais adubos líquidos para a nutrição do eucalipto estão disponíveis na Loja www.agranda.com.br.
Na cova de plantio, também é comum se utilizar o Super Fosfato Simples no fundo da cova, tendo que recolocar a terra de volta. O Adubo Líquido diminui esta operação.
E para as adubações de arranque, que muitos fazem, colocando fórmulas, como 06-30-06 – ou similar, com maior concentração de fósforo, ao lado da muda, esta mão de obra pode ser reduzida em muito com aplicação de fórmulas líquidas que fornecem N, P e K.
E por fim, a adubação em cobertura, por exemplo, com 20-00-20 e os micronutrientes Boro, Zinco, Cobre – quando já há o estabelecimento da muda, com enraizamento e boa copa. Toda esta operação pode ser facilitada com o uso de Adubação Líquida via solo, com praticidade, alta eficiência e sem causar impacto ambiental.
Regiões importantes do Brasil têm no eucalipto tratado um recurso financeiro de peso para seus municípios, como: Campo Grande-MS, Ponta Grossa-PR, Uberlândia-MG. A tecnologia que faz a diferença não deve ser desprezada, nessas e em outras regiões do país – pois ela garante a sustentabilidade dos ganhos, sejam eles econômicos, sociais ou ambientais. Não há somente o “eucalipto preço”, há principalmente o “eucalipto sustentabilidade”.
Respostas…
Voltando ao eucalipto transgênico. É uma tecnologia que está em discussão, com prós e contras, não devido à eficiência, pois os argumentos nesta direção são muito fortes. Mas há o questionamento ambiental e as respostas precisam ser dadas – com fundamento!
Instituições como a ONU, FAO, OCDE, afirmam que a humanidade viverá os próximos 15 ou 20 anos sob pressão. Como alimentar mais de 8 bilhões de pessoas? Como produzir mais? Como recuperar solos degradados? Como evitar a poluição dos rios, lagos, aquíferos, provocada em sua maior parte pela utilização de adubos ineficientes? Como diminuir a temperatura do planeta e o Efeito Estufa?
Estas respostas virão, como sempre, da inteligência humana. E a tecnologia disponível pode atender a questões ainda polêmicas. No caso do Eucalipto Transgênico há um ganho evidente de mercado para o Brasil, inclusive com aspectos sociais. Mas há dúvida sobre o prejuízo para o ambiente.
A Adubação Líquida no solo não está nesta discussão. Seus fundamentos são irrefutáveis: há ganho na eficiência, na operacionalidade, na redução de custos e sem causar prejuízo ambiental. Esta é a visão: produzir mais utilizando menos recursos.
Este é o Brasil sustentável!
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